quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Kinesio Tapping

As Bandagens Funcionais são um instrumento terapêutico muito utilizado em todo o mundo, em outros países recebem o nome de Taping ou Strapping (USA), Ligaduras funcionais (Portugal), Functional Bandages (Alemanha) e Contentions souples (França e Suíça).

 Os materiais utilizados para a terapêutica com bandagens são específicos e de utilização única, sendo estes elásticos com a devida graduação de tensão para cada caso. Temos que levar em conta a indicação para cada tipo de problema e o objetivo que se quer alcançar dentro do tratamento. O uso de materiais próprios e aplicação correta das técnicas fará com esta modalidade contribua para o êxito da recuperação funcional do paciente. Algumas propostas da bandagem são: 1) Dar suporte a uma estrutura lesada; 2) Limitar os movimentos prejudiciais; 3) Permitir movimentos funcionais livres e 4) Permitir o retorno precoce as atividades.

Brinquedos especiais para Crianças com Paralisia Cerebral


Importância de Brinquedos Paralisia Cerebral

Brinquedos  para as crianças com paralisia cerebral são importante para  melhorar as habilidades de viso-motora e cognitiva da criança. No entanto, é essencial compreender que todas as crianças com paralisia cerebral sofre de um tipo diferente de deficiência e o nível de gravidade (motora e intelectual) O brinquedo deve ser escolhidor de forma eficaz para evitar uma certa  frustração 

 Brinquedos especiais para Crianças com Paralisia Cerebral

Uma grande variedade de brinquedos para crianças com paralisia cerebral estão disponíveis hoje. Estes incluem blocos de construção, jogos de puzzles, problemas matemáticos,brinquedos de encaixe, bolas de vários tamanhos e cores, puxar e empurrar jogos, som e jogos de luz e jogos de vídeo, mesmo especialmente concebidos. Normalmente, para os jogos, tais como blocos de construção ou quebra-cabeças, os blocos ou peças do puzzle são de um tamanho maior Devido a isto, a criança com paralisia cerebral encontra-se relativamente mais fácil agarrá-los. Brincando com bolas de diferentes tamanhos e cores é bom para melhorar a coordenação da criança e preferências sensoriais. Jogos com luz e som têm os mesmos benefícios.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Efeitos da terapia de movimento induzido por restrição na funcionalidade de crianças com paralisia cerebral


 A paralisia cerebral do tipo hemiplegia espástica pode acarretar prejuízos em estruturas e funções músculo-esqueléticas do corpo e limitar o desempenho da criança em atividades e tarefas nos ambientes domiciliar, escolar e comunitário. As disfunções da extremidade superior decorrentes de lesão ou má-formação cerebral podem comprometer o uso da extremidade afetada nas tarefas diárias, a bimanualidade e a funcionalidade da criança. 
 Diversas abordagens vêm sendo desenvolvidas para essa população, dentre elas, a terapia de movimento induzido por restrição. Essa técnica envolve a restrição da extremidade superior não afetada, combinada com programa de treinamento intensivo da extremidade afetada e uso de estratégias comportamentais visando à participação do indivíduo no protocolo de intervenção.
 O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da terapia de movimento induzido por restrição no uso da extremidade acometida, na bimanualidade e no desempenho de atividades da rotina diária.

Fonte:
 Mariana Brito Brandão
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/MSMR-7CHJFM

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diferentes adaptações no dia-a dia

Adaptações para o vaso sanitário

Adaptação andador na postura de gato.(engatinhar)

Adaptações na Bicicleta

Adaptação no velotrol


Mobiliário(mesa e cadeira com adaptações)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dicas de adaptações para Hora do Banho da Criança

Banheira
Ótima para usar em casa e muito prática e útil para viagens

Abre-se e fecha-se com toda a facilidade e comodidade.
Com tapete anti-derrapante,toalha ou casca de ovo para conforto e segurança da criança


Casca de Ovo- colocar dentro da banheira(pode cortar a espuma na medida correta)para melhorar a postura e conforto da criança.


Esta banheira foi desenvolvida para uso de crianças que precisa tomar banho em banheira,porém sua estatura já ultrapassou as medidas convencionais do mercado para melhor postura e conforto da criança e do auxiliar do banho.
Banheira confeccionada em forma de concha para melhor segurança e conforto da criança e o auxiliar.

Rede para banho para crianças pequenas.Cuidado para segurança e conforto da criança.Se a criança,tem medo ou insegurança gravitacional evita o uso da rede durante o banho para evitar choro e irritabilidade.

Dica: uso do espaguete de piscina.Ajuda posicionamento da criança e diminui o peso no braço do auxiliar do banho. 
Dica para crianças maiores,utilizar uma bucha coloque dentro o sabonete,saquinho ou meia calça e colocar dentro o sabonete.Evita escorregar o sabonete da mão da criança várias vezes.Usar com um elástico ou corda.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

THERA TOGS



O Sistema TheraTogs Corpo Total foi originalmente desenvolvido para crianças com desordens neuromotoras complexas, e agora está disponível em uma grande quantidade de tamanhos para uma variedade de aplicações.
O sistema envolve o tronco em um “campo para enfaixamento” sensível à Velcro que permite ao clínico que coloquem faixas que podem melhorar o alinhamento e estabilidade postural, e podem abordar uma grande variedade de questões relacionadas ao alinhamento funcional e ao movimento nas extremidades próximas aos punhos e tornozelos.


Indicações do Sistema Corpo Total

-Cifose flexível ou escoliose (leve)
-Lordose flexível / inclinação pélvica excessiva
-Dificuldade em manter o tronco na linha média e equilíbrio sentado
-Tesouramento em pé e na marcha
-Problemas de equilíbrio devido à fraqueza da musculatura do quadril
-Problemas com controle articular proximal dos membros, incluindo cotovelo e joelho.
-Marcha com pés para dentro ou fora; marcha em ventania, acompanhada de questões relacionadas ao alinhamento e controle de tronco.
-Recuperação após cirurgia ortopédica na coluna, quadril ou fêmur.


Objetivos do TheraTogs

-Melhorar a postura e a capacidade respiratória
-Melhorar a postura
-Reduzir desvios entre tronco e pélvis; aumentar a consciência sensorial
-Aumentar a base de suporte, e auxiliar abdutores de quadril
-Auxiliar musculatura estabilizadora de quadril
-Reduzir os graus de liberdade funcionais; auxiliar perda do recrutamento adequado de músculos
-Reduzir desvios na marcha, com cautela respeitando a geometria do osso e posição articular.
-Melhorar estabilidade e conforto, enquanto enfaixa para alcançar os objetivos cirúrgicos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Carteira Escolar Inclusiva



O Estudio Indio da Costa considerou todos os aspectos importantes, seguindo as normas da ABNT e do Inmetro para mobiliário escolar, com o objetivo de suprir as necessidades de uma carteira escolar completa e diversificada. Ela possui diferentes regulagens, que se moldam aos diferentes tamanhos de crianças.


As inovações do projeto já podem ser visualizadas no assento em baixo relevo próximo ao encosto, que busca uma melhor postura do quadril e da coluna do estudante. As laterais possuem elevações que servem de barreira para auxiliar crianças com dificuldades de locomoção, de sentar e de levantar. O assento conta com um cinto de segurança que impende as crianças com necessidades especiais escorregarem da cadeira.



A largura pode ser regulada de acordo com o necessário, assim como o tampo da mesa levanta de acordo com a vontade da criança. Ao lado da mesa, existe um local apropriado para colocar livros e cadernos, além de um aparador que fica em cima do tampo para prender o material utilizado.

Para realizar o projeto a ONG fez uma pesquisa antropométrica com 28 escolas das redes pública e privada de Belo Horizonte. Nessas instituições foram analisadas a acessibilidade arquitetônica e do mobiliário. A partir daí, Índio da Costa e sua equipe projetaram uma carteira para todas as crianças - com base no banco de dados da pesquisa - que proporcionasse um bom posicionamento, estabilidade, segurança intelectual na realização de tarefas escolares, e, principalmente, a inclusão de crianças deficientes na rotina das escolas.
A carteira - de plástico injetável; material barato, resistente e reciclável em estrutura metálica interna - tem o objetivo de atender ao maior número de usuários, considerando particularidade como altura, peso, e as demais dimensões do corpo da criança deficiente ou não. "No assento é encontrado um baixo relevo no encosto para estabilizar o quadril. As laterais são um pouco mais altas servindo de barreira garantindo firmeza e controle dos movimentos. O cinto e a "sela" evitam que as crianças deficientes físicas escorreguem do assento", explica.

Além disso, o encosto tem como principal função o suporte da região lombar, as sapatilhas auxiliam no posicionamento dos pés e o cinto retrátil pode ser usado quando a criança necessitar de maior apoio. "Todos esses acessórios garantem seu correto posicionamento na cadeira, a criança é obrigada a sentar-se corretamente".


Para encomendas entre em contato por email: carteiraescolarinclusiva@gmail.com

domingo, 14 de novembro de 2010

20 respostas para as principais dúvidas sobre inclusão

As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência

 Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil – aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.

Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.

Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com os familiares.Você encontra respostas para as 20 dúvidas mais importantes sobre a inclusão.

1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Aos olhos da lei, essa questão não existe – todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários.Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola.
2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um.

3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população.

4. Para tornar a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo?
O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.

5. Quem tem deficiência aprende mesmo?
Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for a deficiência. Surdos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a linguagem e o pensamento conceitual. Crianças com deficiência mental podem ter mais dificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura de estudante, conhecendo e incorporando regras sociais e desenvolvendo habilidades como a oralidade e o reconhecimento de sinais gráficos.É importante entender que a escola não deve, necessariamente, determinar o que e quando esse aluno vai aprender. Nesses casos, o gestor precisa rever a relação entre currículo, tempo e espaço.

6. Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico (PPP) e o currículo da escola?
Sim. O PPP deve contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que a equipe terá para atender e ensinar a todos. Já o currículo deve prever a flexibilização das atividades (com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para contemplar as diversas necessidades.

7. Em que turma o aluno com deficiência deve ser matriculado?
Junto com as crianças da mesma idade.As deficiências física, visual e auditiva não costumam representar um problema, pois em geral permitem que o estudante acompanhe o ritmo da turma. Já os que têm deficiência intelectual exigem que o gestor consulte profissionais especializados ao tomar essa decisão. Um aluno com atraso desenvolvimento cognitivo(intelectual), por exemplo, pode se beneficiar ficando com um grupo de idade inferior à dele (no máximo, três anos de diferença). Mas essa decisão tem de ser tomada caso a caso.

8. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma?
Não, ao contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de atender às necessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e não valorizar a homogeneidade e a competição.

9. Como os alunos de inclusão devem ser avaliados?
De acordo com os próprios avanços e nunca mediante critérios comparativos.Os professores devem receber formação para observar e considerar o desenvolvimento individual, mesmo que ele fuja dos critérios previstos para o resto do grupo. Quando o estudante acompanha o ritmo da turma, basta fazer as adaptações, como uma prova em braile para os cegos.

10. A nota da escola nas avaliações externas cai quando ela tem estudantes com deficiência?
Em princípio, não. Porém há certa polêmica em relação aos casos de deficiência intelectual. O MEC afirma que não há impacto significativo na nota. Já os especialistas dizem o contrário.O ideal seria ter provas adaptadas dentro da escola ou, ao menos, uma monitoria para que os alunos pudessem realizá-las. Tudo isso, é claro, com a devida regulamentação governamental. Enquanto isso não acontece, cabe aos gestores debater essas questões com a equipe e levá-las à Secretaria de Educação.

11. É possível solicitar o apoio de pessoal especializado?
Mais do que possível, é necessário. O aluno tem direito à Educação regular em seu turno e ao atendimento especializado, responsabilidade que não compete ao professor de sala. Para tanto, o gestor pode buscar informações na Secretaria de Educação Especial,profissionais especializados e em organizações não governamentais, associações e universidades
12. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista?
Disponibilizando tempo e espaço para que eles se encontrem e compartilhem informações. Essa integração é fundamental para o processo de inclusão e cabe ao diretor e ao coordenador pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de trabalho pedagógico coletivo.

13. Como lidar com as inseguranças dos professores?
Promovendo encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam, sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). O contato com teorias e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em relação à Educação inclusiva. Nesses encontros, não devem ser discutidas apenas características das deficiências. Apostamos pouco na capacidade desses alunos porque gastamos muito tempo tentando entender o que eles têm, em vez de conhecer as experiências pelas quais já passaram.
14. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão?
Formação na própria escola é a solução, em encontros que permitam que eles exponham dificuldades e tirem dúvidas. Esse diálogo é uma maneira de mudar a forma de ver a questão: em vez de atender essas crianças por boa vontade, é importante mostrar que essa demanda exige a dedicação de todos os profissionais da escola.É possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às ofertas de formação das Secretarias de Educação.

15. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão?
Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável orientar professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as mudanças que estão por vir, como a colocação de uma carteira adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas. Quando a inclusão está incorporada ao dia a dia da escola, esses procedimentos se tornam menos necessários.

16. O que fazer quando o aluno com deficiência é agressivo?
A equipe gestora deve investigar a origem do problema junto aos professores e aos profissionais que acompanham esse estudante.Pode ser que o planejamento não esteja contemplando a participação dele nas atividades. Nesse caso, cabe ao gestor rever com a equipe a proposta de inclusão. Se a questão envolve reclamações de pais de alunos que tenham sido vítimas de agressão, o ideal é convidar as famílias para uma conversa.

17. O que fazer quando a criança com deficiência é alvo de bullying?
É preciso elaborar um projeto institucional para envolver os alunos e a comunidade e reforçar o trabalho de formação de valores.

18. Os pais precisam ser avisados que há um aluno com deficiência na mesma turma de seu filho?
Não necessariamente. O importante é contar às famílias, no ato da matrícula. A exceção são os alunos com quadro mais severo – nesses casos, a inclusão dá mais resultado se as famílias são informadas em encontros com professores e gestores.Isso porque as crianças passam a levar informações para casa, como a de que o colega usa fralda ou baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão dialogar.

19. Como lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência?
O argumento mais forte é o da lei, que prevê a matrícula de alunos com deficiência em escolas regulares. Outro caminho é apresentar a nova concepção educacional que fundamenta e explica a inclusão como um processo de mão dupla, em que todos, com deficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade.

20. Uma criança com deficiência mora na vizinhança, mas não vai à escola. O que fazer?
Alertar a família de que a matrícula é obrigatória. Ainda há preconceito, vergonha e insegurança por parte dos pais. Quebrar resistências exige mostrar os benefícios que a criança terá e que ela será bem cuidada. Os períodos de adaptação, em que os pais ficam na escola nos primeiros dias, também ajudam. Se houver recusa em fazer a matrícula, é preciso avisar o Conselho Tutelar e, em último caso, o Ministério Público.

Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais

Estimulando o desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais


Não há duas crianças com necessidades especiais iguais, nem as que têm necessidades especiais semelhantes.Vamos explorar as necessidades especiais variadas e saber como estimular uma criança com necessidades especial e ajudá-la em no processo de seu desenvolvimento.



O papel dos pais

Dar amor e apoio – as criança com necessidades especiais precisam de amor e apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com necessidade especial.


Estimule a independência – se você tem uma criança com necessidades especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos, você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante, não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa realizar sozinho cada estágio.

Todas as crianças passam por momentos em que parecem parar de melhorar ou quando podem até regredir um pouco. Esse pode ser um momento especialmente difícil para os pais, pois têm que aprender a avaliar o progresso de seu filho.


Concentre-se em objetivos a curto prazo – quando seu filho atingir um platô (estagnar seu desenvolvimento), olhe para trás e se concentre no quanto ele já progrediu. Este também pode ser um bom momento para esquecer objetivos a longo prazo e se concentrar nos objetivos a curto prazo: alimentar-se com as mãos, vestir-se, repetir a primeira palavra ou frase inteligível ou finalmente ir ao banheiro sozinho. Quando os pais concentram suas energias em um único objetivo a curto prazo, uma criança com necessidade especial pode começar a progredir novamente. Ao parar de observar como a criança lida com esses desafios, como se adapta a novas e maiores necessidades, os pais podem se ajudar a desenvolver expectativas realistas para seus filhos.

As crianças progridem mais quando os pais agem escolhendo os métodos educacionais mais apropriados, definindo objetivos razoáveis e fornecendo um ambiente caloroso e protetor. Os pais deveriam enxergar a si próprios como parceiros dos profissionais na hora de planejar os cuidados de seus filhos com necessidades especiais.No entanto, não importa o quanto um pai ou uma mãe tente dar a seu filho, sempre há limites para o que eles podem conseguir sozinhos.

sábado, 13 de novembro de 2010

O que é disfunção de integração sensorial(DIS)?


Hoje em dia, ainda existe um grande desconhecimento relativamente à disfunção de integração sensorial(DIS). As primeiras descobertas ocorreram nos anos 70, quando a Terapeuta Ocupacional americana A. Jean Ayres, ao estudar o funcionamento cerebral, constatou que nas crianças diferentes podem-se encontrar também cérebros ligeiramente diferentes.

A terapeuta verificou que algumas crianças, apesar de apresentarem sistemas sensoriais intactos e de estes captarem a informação vinda do exterior, não conseguiam cruzar essas informações a nível cerebral.

O processamento inadequado de informação sensorial,pode gerar:

-dificuldades de aprendizagem

-problemas motores

-dificuldades no desempenho diário

designa-se de disfunção de integração sensorial(DIS)

Crianças com esta disfunção, apesar de serem inteligentes, não são capazes de ter um nível de realização de acordo com o potencial intelectual que possuem.



Existem vários sinais que podem ser indicadores da existência de uma disfunção da integração sensorial(DIS):

-pouca ou muita sensibilidade ao toque, ao movimento, a estímulos visuais e auditivos;

-problemas de coordenação motora e equilíbrio

-excesso de atividade ou lentidão

-comportamento impulsivo ou dispersivo

-atraso na fala e linguagem

-baixo rendimento escolar

-dificuldade para planejar os movimentos e estabelecer uma sequência de tarefas

-falta de força e tônus muscular

-dificuldade para se ajustar a situações novas

-baixa auto-estima

Estas dificuldades são notórias em diferentes contextos e não precisam de estar todas presentes para ser feito o diagnóstico.

Quando efetivamente a criança apresenta esta disfunção, é importante recorrer à terapia de integração sensorial. As crianças geralmente aderem muito bem a este tipo de terapia. Antes de iniciar, é feita uma avaliação para detectar os problemas e definir o programa de intervenção. Este programa é delineado por forma a que as atividades a desenvolver com a criança consigam proporcionar desafios adequados, estimulando o desenvolvimento e melhorando o seu desempenho funcional.

Este tipo de intervenção é desenvolvido por terapeutas ocupacionais, com especialização nesta área. Estes profissionais,além de promoverem o desenvolvimento de atividades que estimulam uma melhor integração sensorial, fornecem à família sugestões que vão no mesmo sentido.

Integração Sensorial

O mundo que nos cerca é repleto de informações que chegam até nós por meio de nossos sistemas sensoriais (auditivo, tátil, visual, de movimento, de posição do corpo). Estas informações, que chegam primeiro a nossas estruturas receptoras de sensação, são conduzidas ao sistema nervoso central para serem organizadas e para que possamos dar alguma resposta sobre a informação recebida. O processo de organização das informações recebidas do próprio corpo e do ambiente, para produzir uma resposta adequada a cada situação, é chamado de Integração Sensorial. A Integração Sensorial é importante para a aprendizagem e para a organização de nosso comportamento.


Sistemas Sensoriais:

Em geral, conhecemos a visão, audição, gustação e olfato, mas outros sistemas relacionados à sensação corporal e ao controle do movimento também são importantes:


Sistema Tátil

O sistema tátil nos informa sobre aquilo que está em contato com nossa pele. Podemos assim perceber se algo está quente ou frio (sensação da temperatura), se é áspero ou macio (sensação da textura), ou ainda podemos reconhecer um objeto no escuro, somente pelo toque (estereognosia) ou mesmo podemos manejar um objeto, como um lápis, na mão. A sensação tátil também auxilia em nossa proteção, informando-nos sobre o perigo para que possamos reagir e nos afastar.



Sistema Vestibular

Este sistema fica localizado na parte mais interna de nosso ouvido, e é capaz de informar sobre as mudanças de posição da cabeça e do corpo. Esse sistema também é importante pelo nosso tônus muscular, pela coordenação dos dois lados do corpo e por mantermos a cabeça em posição ereta contra a gravidade. De modo automático, o sistema vestibular coordena os movimentos de nossos olhos, cabeça e corpo. É importante para nosso equilíbrio, pela coordenação olho-mão e pela coordenação bilateral (dos sois lados do corpo). Assim, podemos andar, nos manter sentados, jogar bola e até copiar no caderno um texto do quadro.


Sistema Proprioceptivo

O sentido da propriocepção nos informa sobre a posição do corpo no espaço. Os receptores deste sentido estão em nossos músculos, articulações e tendões, sendo muito importantes para o planejamento dos movimentos. Assim, podemos escrever um texto numa folha de papel sem termos que ficar olhando cada ação de nossa mão, ou ainda pentearmos os cabelos, sem precisar de um espelho.

Uma boa organização de nossos sistemas sensoriais nos possibilita adquirir habilidades para concentrar, aprender os conteúdos acadêmicos, pensar de modo abstrato, além de contribuírem para nossa auto-estima, autoconfiança e autocontrole.

Sinais de Transtorno da Integração Sensorial

Uma criança com transtornos de integração sensorial, em geral, apresenta mais de um dos seguintes sinais:

-Pouca ou muita sensibilidade ao toque, ao movimento, a estímulos visuais e auditivos;

-Medo excessivo de altura, de movimento e de brinquedos de parque;

-Criança excessivamente ativa ou muito lenta, que se cansa facilmente;

-Atraso na fala e linguagem;

-Pobre coordenação motora e equilíbrio;

-Problemas na escrita;

-Dificuldades em planejar movimentos e seqüenciar tarefas;

-Comportamento impulsivo ou disperso;

-Dificuldade para brincar e fazer amigos;

-Perde o controle emocional facilmente, chorando com freqüência;

-Criança desmotivada, com baixa-estima e que evita novas atividades e desafios.

Carta ESPECIAL do meu lindo paciente Samuel Fehlberg


Quando penso em você, me vem sempre à mente, a imagem de uma mão estendida a quem está "caído".

É uma pessoa tão especial, que não se vê em qualquer lugar, não!

Você é quem me observa de ladinho e que não me deixa desistir.

Sei que não é fácil aturar meu mau-humor, meus choros, mas quando percebo, você já transformou minha pirraça ou dor, em uma festa.

Você pra mim é sinônimo de alegria, apoio, e o mais importante, és a transposição para o amor.

Bom, se há ainda alguém que não tenha compreendido o seu real valor, gostaria de me destituir deste "pedestal" e clamar em seu favor:

Você é a rodinha da minha bicicleta, a lente dos meus óculos, a  mão que me levanta, a voz que me acalenta...

Enfim, você é a "peça" que faltava para me completar.

Sem seu apoio seria bem mais difícil tentar!

E como forma de gratidão,me esforcei para expressar em palavras, simples, mas de coração.

A vida sem você, não é fácil não Tia Johanna!!!!!

Te amo!



Carta escrita pela Jamile Fehlberg, mãe do meu lindo paciente Samuel Fehlberg.


Gostaria de agradecer todo carinho e amor pela linda carta do meu lindinho paciente.Amo voçês!!!!!!!


Você é meu anjinho especial! Tia Johanna,te ama muito!!!! Muito obrigada




Estimulação Motora Precoce



Estimulação Motora Precoce

Em nenhuma fase do ser humano o desenvolvimento motor vai ser tão rápido como o de 0 a 1 ano e 8 meses. Portanto, este é o período em que o bebê ainda terá maiores possibilidades de se normalizar sem se defasar no seu desenvolvimento.

Independente da perspectiva adotada, mais biológica ou social, são muitas as evidências de que crianças pré-termo estão sob maior risco para apresentar atraso perceptual, motor e cognitivo, associado ou não a problemas de comportamento e déficit de atenção. Ao se pensar em lesão cerebral que ocorreu pré, peri ou pós natal tem que se pensar, ao mesmo tempo, em intervenção precoce nas áreas sensório-motoras para atingir o mais rápido possível um desenvolvimento que ainda está com toda a sua plasticidade e capacidade de receber as sensações normais e integrá-las.

Pensava-se que o SNC era imutável após o seu desenvolvimento. Com a descoberta da neuroplasticidade sabe-se que as conexões sinápticas são modificadas pela demanda funcional. Como substrato da aprendizagem do indivíduo em sua interação com o ambiente, pode-se perceber a importância da criança experimentar movimentos e posturas normais desde seu nascimento, favorecendo a sua habilitação; caso contrário se esta criança começar a realizar movimentos e posturas anormais durante seu desenvolvimento, estará aprendendo a interagir com o mundo em padrões anormais, reforçando circuitos neuronais de comportamentos anormais, dificultando e limitando sua qualidade de vida.

Quanto mais tarde a criança iniciar o plano de normalização, mais defasado estará o seu desenvolvimento motor, juntamente com a perda na área sensorial, refletindo na perda da noção espacial, esquema corporal, percepção, que poderá contribuir com a falta de atenção ou dificuldades cognitivas.O tratamento por meio do conceito neuroevolutivo (Bobath) foi originalmente desenvolvido pelos Bobath na Inglaterra no início da década de 1940 para o tratamento de indivíduos com fisiopatologias do SNC. Esse método foi descrito como um conceito de vida e, como tal, continuou a evoluir com o passar dos anos.

O tratamento pelo desenvolvimento neurológico, como planejado por Bobath, usa o manuseio para inibir respostas anormais enquanto facilita reações automáticas. O manuseio proporciona experiências sensoriais e motoras normais que darão base para o desenvolvimento motor. Com as abordagens sensório-motoras, estímulos sensoriais específicos são administrados para estimular uma resposta comportamental ou motora desejada. Técnicas de integração sensorial algumas vezes são incorporadas nos programas sensório-motores. A intervenção sensório-motora pode ser aplicada a bebês de alto risco de várias maneiras, por exemplo, o rolamento linear em uma bola pequena para estimular o sistema vestibular e promover um estado de alerta. Estímulos proprioceptivos e táteis profundos poderão promover um comportamento calmo e auto regulatório.


As atividades lúdicas são um meio para atingir os objetivos terapêuticos. A brincadeira original não é como tirar férias da vida; é vida. O terapeuta e a criança estão sempre crescendo e mudando. A brincadeira original não se baseia no medo, mas em uma relação de confiança com a vida. Como um amiguinho, o terapeuta se junta a criança de tal forma que ambos sentem-se amados, respeitados e ansiosos por explorar. As habilidades necessárias para a brincadeira serão a curiosidade, confiança, resistência, vigilância.

A arte de normalizar o tônus é brincar com ele. Se o tônus é baixo, trazê-lo para um tônus mais alto e normalizado; se o tônus é alto, trazê-lo para o tônus mais baixo e normalizado. Assim que obtiver um tônus mais normalizado, é necessário dar-se a reação de equilíbrio. São essas reações de equilíbrio, rotação, tirar da linha média, que vão manter o tônus normalizado e fazer com que o cérebro integre essas reações e mantém o tônus.


Antes que a criança chegue é necessário planejar como utilizar o ambiente e os brinquedos para trabalhar no sentido das metas de desenvolvimento da criança. É importante ter pelo menos um plano de reserva para a sessão de Terapia Ocupacional, pois a criança pode não querer realizar atividade proposta. O uso criativo do equipamento e dos brinquedos é uma habilidade muito importante. Um adjunto à flexibilidade é aprender a usar o ambiente como instrumento de Terapia Ocupacional. Uma grande motivação para as crianças pequenas são irmãos, pais e avós. A família pode conseguir que a criança faça alguma coisa que o terapeuta não consegue. Também sabem o tipo de brincadeira que a criança gosta e podem incorporar jogos familiares às sessões. A música também pode ser de grande motivação; pode ser de fundo, para incrementar a atmosfera da sessão de Terapia Ocupacional, usada como meio para as rotinas de exercícios, tocada em um gravador acionado por botões para incentivar movimentos específicos.

Estudo comparativo sobre desempenho perceptual e motor em crianças em idade escolar que nasceram pré-termo e a termo mostrou diferenças significativas de desempenho entre os dois grupos em quase todos os testes. Chama a atenção para a importância do acompanhamento que deve ser dado do desenvolvimento de recém-nascidos pré-termo, principalmente os nascidos abaixo da 34º semana de gestação e com menos de 1500g, até a idade escolar. Uma recomendação pertinente, frente aos dados apresentados, é que além de programas de detecção precoce de seqüelas neuromotoras, crianças com história de prematuridade e que não apresentam quadro neurológico evidente, deveriam ser encaminhados a programas de intervenção precoce.

Em análise sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças nascidas com muito baixo peso na idade pré-escolar, constatou-se um funcionamento intelectual limítrofe no momento da avaliação, indicando possível dificuldade escolar, reforçando a necessidade de se promover estimulação adequada à criança.

É muito importante fazer um plano de tratamento, visualizando-se o bebê com o que se apresenta, e como será se não for possível normalizá-lo, para que se trabalhe muito mais nas suas dificuldades e que, pelo bom posicionamento, a normalização adquirida na terapia ou pelo manuseio adequado dado pela mãe (que deve ser bem orientada) perdure por mais tempo. Essa é a idéia fundamental da intervenção precoce: normalizar o tônus e permitir que, pela plasticidade, estas sensações normais sejam absorvidas e que sejam mantidas pelo maior tempo possível, para que as sensações anormais sejam colocadas em segundo plano, fazendo com que o cérebro só integre as sensações normais e depois as use para sempre.


 
De nada adianta o bebê ir diariamente à sessão de terapia e depois passar o resto do dia em posturas que não favoreçam esta normalização. É muito mais vantajoso um bebê ir uma a duas vezes por semana na terapia onde a mãe é sempre orientada e assiste o tratamento. Ela é a grande força para a normalização de um bebê pequeno, e por isso ela deve ser respeitada, conquistada e amada pelo terapeuta.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Conceito Neuroevolutivo Bobath Atualmente



Margaret Mayston J, PhD, MCSP

Bobath Centre de Londres e Professor,
Departamento de Fisiologia,
University College de Londres.

Qualquer discussão sobre a Teoria do Bobath requer uma compreensão comum do que explica abordagem terapêutica de funcionalidade sobre o Conceito Neuroevolutivo Bobath . Em uma entrevista de quase vinte anos atrás, Bobath explica da seguinte maneira: "......... Um novo modo de pensar, observar, interpretar o que o paciente está fazendo, em seguida, ajustar o que fazemos em termos de técnicas - ver e sentir o que é necessário, possível para eles alcançar. às Nós não ensinamos movimentos, nós torná-los possíveis ........." (Bobath, 1981). Foi também deixou claro que Bobath não era um método ou técnica, não se limitando, mas fluido; não era rígida, mas mudando, e continuam mudando. O conceito pode ser resumido da seguinte forma: É essencialmente uma maneira de observar, analisar e interpretar o desempenho da tarefa. Isso também inclui a avaliação de cliente em potencial, o que foi considerado que a tarefa ou as atividades que possam ser realizados pela pessoa com uma pequena ajuda, e, portanto, possível que a pessoa a alcançar de forma independente, sempre que possível. É claro que o conceito envolve também o uso de várias técnicas, e Bobath sempre defendeu que o terapeuta deve "fazer o que funciona melhor" (Bobath, 1978).


Estes princípios se integram com as idéias principais da teoria da aprendizagem motora, que exige a participação ativa do cliente. Isto não é novo. Bobath em 1960 declarou que "a menos que estimulam ou activar o seu paciente da maneira em que atividades são possíveis, que você tem feito nada. Assim, a técnicas de manejo como tais, são apenas primeiro passo, o de tratamento, embora sejam muito importante "(Bobath, 1965).
Em segundo lugar, o motor de aprendizagem enfatiza a necessidade da prática, também defendida por Bobath embora talvez menos rigorosa, sublinhando a importância das atividades de casa para o cliente. Em terceiro lugar, a aprendizagem exige que haja metas significativas, relevantes para o cliente. Este aspecto da aprendizagem motora é importante agora, e no Centro Bobath metas são definidas em colaboração com o cliente e seus familiares (pelo menos para cada criança) e sua realização é monitorado através de uma variedade de medidas de desfecho.
Em resumo, o Conceito Bobath afirma que cada cliente tem o potencial para melhor funcionamento e que devemos trabalhar com nossos clientes, fazendo "o que funciona melhor". Isso requer um conhecimento contínuo de controle motor e na literatura científica atual, a reabilitação ea coragem de colocar as idéias antigas no passado.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O BRINCAR COMO RECURSO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL COM CRIANÇAS PORTADORAS DE PARALISIA CEREBRAL


Na fase de 0 à 1 ano, o objeto de maior atenção da criança, é o corpo e suas brincadeiras com ele, a descoberta de partes deste corpo, seu calor, equilíbrio e segurança. Somente com o tempo é que a criança utiliza-se de regras em seus jogos, onde começa a denominar objetos e suas funções. Para as crianças nesta fase, os brinquedos servem de estímulos visuais (percebe cores, movimentos e formas), gustativos (leva os objetos à boca reconhecendo-os), táteis (percebe materiais e texturas). Com estes estímulos ela aprimora sua coordenação motora ampla e fina, onde irá segurar, balançar, jogar. Com a exploração dos brinquedos, ela aprende sobre as qualidades dos objetos um em relação ao outro, sendo capaz de fazer escolhas e desenvolver habilidades intelectuais, emocionais e de comunicação.

A aprendizagem do mundo, para a criança torna-se possível através do que ela ouve, vê, toca e prova, dependendo de alguém que interaja com ela, fornecendo ajuda quando necessário.

Através dos marcos do desenvolvimento normal da criança iremos observar o quanto a criança irá adquirindo movimentos e posturas que facilitaram a exploração dos objetos (brinquedos), que lhes são oferecidos. Para que isso ocorra é fundamental a colaboração dos pais estimulando esta criança.

A criança necessita apenas ser auxiliada para ter a oportunidade de descobrir e aprender, interagindo com o ambiente, buscando a propriedade e função dos objetos, manipulando e transformando-os. Aos terapeutas cabe fornecer dicas aos pais para facilitar o brincar, ressaltando a importância de brincar e fazer com a criança e não por ela. È importante a realização de uma análise das propriedades e características do brinquedo, procurando adaptar a manipulação e exploração deste à capacidade individual da criança, como, por exemplo: um brinquedo pequeno que caiba na mão, um pesado para estimulação proprioceptiva; um leve o suficiente para que se mova ao menor toque, etc. Além de apresentar essas propriedades, o brinquedo precisa oferecer desafios inicialmente fáceis de serem superado, instigando a criança à resolução dos problemas, superando gradativamente os obstáculos. È essencial que o terapeuta tenha domínio sobre o desenvolvimento cognitivo e programe atividades que sejam pertinentes à fase na qual a criança está.

Problemas associados


Citaremos apenas as que mais freqüentemente se manifestam:

-Epilepsia: é comum ocorrerem convulsões ou crises epilépticas, de maior ou menor intensidade e dentro das mais variadas formas desta manifestação neurológica, sendo mais comuns no período pré-escolar, estando associadas ao prognóstico e à evolução de outros problemas que atingem um paralisado cerebral.

-Deficiência Mental:com uma ocorrência de aproximadamente 50% dos casos, tem levado a distorções e preconceitos acerca dos potenciais destes portadores de deficiência, devendo-se diferenciar os diversos graus de comprometimento mental de cada criança, baseando-se em acompanhamento especializado e evolutivo das mesmas.

-Deficiências Visuais: ocorrem casos de baixa-visão, estrabismos e erros de refração, que podem ser precocemente diagnosticados e tratados, com bom prognóstico oftalmológico, devendo-se intensificar sua diagnose com os novos avanços em tecnologia e a correção preventiva de danos com uso de lentes [óculos] ainda nos primeiros anos de vida.

-Dificuldades de Aprendizagem: as crianças com P.C. podem apresentar algum tipo de problema de aprendizagem, o que não significa que elas não possam ou não consigam aprender, necessitando apenas de recursos aprimorados de Educação Especial, integração social em Escolas Regulares, uso de Recursos Tecnológicos, a exemplo do uso de Computadores e outros aparelhos informatizados para o estímulo e a busca de meios de comunicação e aprendizagem inovadores para PC.

-Dificuldades de Fala e Alimentação: devido à lesão cerebral ocorrida, muitas crianças com P.C. apresentam problemas de comunicação verbal e dificuldades para se alimentar, devido ao tônus flutuante dos músculos da face, o que prejudica a pronúncia das palavras com movimentos corretos, podendo-se recorrer a tratamentos especializados e orientação fonoaudiológica, a fim de minimizar e até resolver alguns destes distúrbios. E para as crianças que não falam, já contamos com os comunicadores alternativos e as linguagens através de símbolos, como o método Bliss, que associados aos recursos informatizados podem auxiliar, a exemplo dos sintetizadores de fala, a expressão dos pensamentos e afetos de um paralisado cerebral.

-Outros problemas: dificuldades auditivas, disartria, déficits sensoriais, escoliose, contraturas musculares, problemas odontológicos, salivação incontrolável, etc...: Todos estes problemas podem surgir associados ou isoladamente na dependência direta do tipo de PC que a criança apresentar, já que seus déficits motores afetam sua psicomotricidade e seu comportamento emocional e social, que podem resultar num desenvolvimento global atrasado, que muitas vezes ainda é confundido com capacidade cognitiva pobre, gerando uma imagem preconceituosa sobre as capacidades e potencialidades para vida independente e autônoma de portadores de Paralisias Cerebrais.

domingo, 4 de abril de 2010

Terapia Ocupacional e Paralisia Cerebral


O profissional da terapia ocupacional (T.O.) tem um papel importante junto à criança com PC, por fornecer condições para o estabelecimento e efetivação de programas de tratamento que visam a facilitação do movimento, favorecendo assim as experiências e aprendizado sensoriomotores, estimulando aspectos cognitivos, auxiliando na adaptação e execução das AVDs, incentivando o brincar e o lazer, tornando a criança agente em seu processo de desenvolvimento.
O primeiro passo para o ingresso à qualquer terapia é a avaliação, no caso da PC, alguns aspectos particulares devem ser observados como: alterações no tônus muscular, capacidade de estabelecer controle seletivo de movimentos, manutenção de posturas, realização de mudanças posturais, desempenho funcional de membros superiores e coordenação visomotora, habilidades cognitivas, desempenho e integração das funções sensoriais. É importante para o terapeuta ocupacional conhecer o contexto em que a criança está inserida, a condição econômica, social e emocional da família, a fim de possibilitar que o tratamento seja traçado em conjunto com a família, que é parte fundamental da equipe de trabalho.
A avaliação inicia com a coleta de dados com o familiar e/ ou cuidador, onde são questionadas situações de rotina (AVDs), comportamento, interação com pessoas, objetos, lazer, relacionamentos sociais, além de observar, desde a chegada, como essa criança é tratada, se necessita auxílio, que tipo de auxílio e de que forma este auxílio é prestado. Posteriormente faz-se a análise da criança executando as atividades, como o aspecto motor atua na sua realização, quais as dificuldades encontradas, a fim de avaliar a necessidade de adaptações para facilitar o “fazer”.

É importante que a família compreenda que a proposta de tratamento é baseada em um trabalho motivador, que buscará evidenciar o potencial da criança.
O trabalho da terapia ocupacional com a criança com paralisia cerebral é caracterizado pela busca de soluções para os aspectos do comprometimento motor que interferem na realização das atividades funcionais, além do estímulo às demais áreas deficitárias. Uma habilidade fundamental ao T.O., em se tratando de PC, é a sensibilidade, pois assim poderemos perceber as respostas do indivíduo e modificar nosso toque de acordo com o “feedback” recebido.
Outro fator importante é a intervenção precoce, ou seja, deve-se iniciar o processo de reabilitação o quanto antes. Com bebês paralisados cerebrais, a proposta básica de atividades é a descoberta de si e do meio pelo movimento, e do fazer ganhando aquisições da fase sensoriomotora, além das orientações à família, relacionadas à posicionamento adequado, conduta e manejo.
Muito importante também é a estimulação visual, ema vez que a visão tem influência no fortalecimento do controle cervical e ativação das reações de retificação e endireitamento, levando a cabeça para a posição vertical. Não é raro encontrar deficiência visual associada à PC, decorrente dos distúrbios do tônus, também encontrados nos músculos oculares. O estímulo visual apresentado “de frente”, favorece o alinhamento da cabeça e olhos na linha média, proporcionando a movimentação dos membros superiores na tentativa de exploração manual e oral dos objetos.
Em relação ao déficit motor nos membros superiores, pode-se desenvolver dispositivos que facilitem o manuseio de utensílios, materiais escolares, vestuário, além da confecção de órteses, a fim de evitar deformidades, ou até mesmo substituir alguma função.
Enfim, a T.O. tem muito a contribuir para o desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, mas é importante ressaltar que o trabalho deve ser de uma equipe multidisciplinar com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e em muitos casos psicopedagogo para auxiliar questões escolares, todos trabalhando juntos para o melhor desenvolvimento possível da criança em questão, além de dar suporte especializado à família.

Fonte:www,apaebrasil.com.br